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A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

No ano de 2015 (Nova Iorque, 25 a 27 de setembro) as Nações Unidas criaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

A agenda é um plano de ação que pretende erradicar a pobreza e encontrar soluções inclusivas e sustentáveis através de uma parceria global entre todos os países.

Para a concretização deste plano foi estabelecido um conjunto de objetivos para o desenvolvimento sustentável, conhecidos como Sustainable Development Goals. Estes objetivos consistem em 17 áreas de intervenção que vão desde a erradicação da pobreza, à ação climática e às energias renováveis, mas incluem também aspetos como a redução das desigualdades, a criação de cidades e comunidades sustentáveis e a educação de qualidade. Estas áreas de intervenção estão associadas a 169 objetivos que devem ser alcançados até ao ano de 2030.

A União Europeia associou-se a esta iniciativa tendo assumido o compromisso de implementar a agenda em todas as suas políticas e incentivando os Estados membros a fazerem o mesmo.

Na última avaliação da União Europeia sobre a concretização dos objetivos para o desenvolvimento sustentável Portugal teve uma pontuação de 69,95 em 100 e ficou em 20º entre 34 países.

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A Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030

A Agenda para o Desenvolvimento Sustentável inclui a questão do envelhecimento e das pessoas idosas.

No ano de 2020 (Nova Iorque, 14 de dezembro) as Nações Unidas declararam a Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030.

Esta iniciativa tem como objetivo melhorar a vida dos idosos e as comunidades onde vivem alcançando uma sociedade para todos.

Foi criada uma plataforma digital denominada The Platform para partilha de conhecimentos e boas práticas sobre o envelhecimento.

A Década do Envelhecimento Saudável baseia-se no Plano de Ação Internacional das Nações Unidas para o Envelhecimento e na Estratégia Global da Organização Mundial de Saúde sobre Envelhecimento e Saúde.

A Organização Mundial de Saúde adotou um conceito amplo de saúde que não se resume à mera ausência de doença. A Década do Envelhecimento Saudável insere-se neste conceito. Além das questões diretamente relacionadas com a saúde, pretende-se mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos em relação à idade e ao envelhecimento e facilitar a capacidade dos idosos para participar e contribuir nas suas comunidades.

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As áreas de atuação

Na Década do Envelhecimento Saudável foram identificadas as seguintes 4 áreas de intervenção:

  • ­Mudar como pensamos, sentimos e agimos em relação ao envelhecimento;
  • ­Assegurar que as comunidades promovem as capacidades dos mais velhos;
  • ­Garantir cuidados e serviços de saúde centrados na pessoa e integrados que sejam adequados à população idosa;
  • ­Possibilitar o acesso das pessoas idosas que necessitem a cuidados de longa duração.

Destacamos as duas primeiras áreas de intervenção. O envelhecimento populacional e o aumento da esperança média de vida tornaram central o combate aos estereótipos (como pensamos), ao preconceito (como sentimos) e à discriminação (como agimos) em relação às pessoas idosas, bem como a necessidade de sociedades inclusivas para os mais velhos e o reconhecimento da sua capacidade para intervirem nas comunidades onde vivem.

São absolutamente imprescindíveis medidas de apoio social e económico para as pessoas idosas que necessitem. Estas medidas são insuficientes e devem ser alargadas e implementadas de forma efetiva.

Todavia, devemos recusar que a questão do envelhecimento se limite a uma perspetiva assistencialista. Importa reconhecer e valorizar os idosos promovendo a sua independência e autonomia, reconhecendo a sua capacidade para decidir as questões relativas à sua pessoa e permitindo que tenham uma voz ativa nas comunidades em que estão inseridos.

Só assim se cumprem integralmente os objetivos da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável e da Década do Envelhecimento Saudável não deixando ninguém para trás.

Sugestão de atividade

  • Os elementos disponibilizados são uma proposta de atividade para os alunos sobre as iniciativas internacionais relativas ao envelhecimento e às pessoas idosas.
  • Pretendemos possibilitar que os alunos tenham acesso a estas iniciativas podendo consultar as respetivas páginas.
  • Pretendemos também gerar um espaço de debate sobre o papel dinamizador das instituições internacionais como as Nações Unidas, a Organização Mundial de Saúde e a União Europeia e a importância de existirem planos internacionais que estabelecem objetivos, influenciam as políticas e despertam movimentos de cidadania.